terça-feira, 19 de abril de 2011

Abimaq pede salvaguarda contra importação chinesa

A Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) apresentou pedido de salvaguarda transitória contra a China à Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério de Desenvolvimento. A ação, apresentada na semana passada, é composta por três petições de pré-análise, visando à aplicação de medidas de restrição às importações do país asiático.

As petições englobam as importações de chave de fenda, válvulas tipo borboleta e caminhão-guindaste. De acordo com o diretor-executivo de comércio exterior da Abimaq, Klaus Curt Müller, a enxurrada de produtos chineses no país ocorre há mais de dois anos nesses três casos.

Segundo dados da associação, as importações de máquinas e equipamentos saltaram de 39,9% do valor total do mercado brasileiro, em janeiro de 2004, para 59,4% em setembro do ano passado. Para Müller, o tempo de análise por parte da Secex pode variar, já que o pedido é inédito.

"Tomando por base os processos de antidumping, podemos imaginar de 30 a 60 dias na Secex e pouco menos de um ano para a decisão do governo. Mas isso é um 'feeling', já que não há histórico para salvaguardas", disse Müller. A Abimaq prepara também o pedido de análise para salvaguardas transitórias contra a importação de correntes de elo soldado, bombas centrífugas, compactadores e guilhotina linear.

A salvaguarda transitória é um mecanismo de defesa comercial aplicado quando um surto de importações afeta a indústria local. Compete ao governo brasileiro a decisão de aplicar o mecanismo, porque a China aceitou a possibilidade de sofrer as salvaguardas, ao ingressar na Organização Mundial do Comércio, em 2001.

O decreto 5.556, de 5 de outubro de 2005, disciplinou as regras para adoção das salvaguardas pelo Brasil, que podem acontecer até dezembro de 2013. A adoção pode ser por via de imposição de adicional à Taxa Externa Comum (TEC), restrição quantitativa do ingresso dos produtos ou uma combinação das duas medidas. Desde 2001, a China sofreu a aplicação de cinco salvaguardas temporárias, nenhuma delas pelo Brasil.

Fonte: Valor Econômico

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Cid cumpre agenda na Europa e China

O governador Cid Gomes viajou ontem com destino à Europa e para a China. A agenda começa amanhã na Feira Internacional de Imóveis e Movelaria, em Milão, na Itália. Na segunda-feira, ele estará na Espanha para reuniões com o grupo Endesa. Na quarta-feira, encontra grupos ligados ao setor do etanol, na França. A programação da viagem continua na China, onde se reúne com empresários do setor portuário e automotivo. O governador deve retornar ao Ceará no próximo dia 27.

Térmica do Pecém

Um edital com projetos e especificações técnicas sobre a ampliação da capacidade de geração de energia da Usina Termelétrica do Porto do Pecém de 5.250 quilo watts para 15.250 quilowatts foi encaminhado no início desta semana para a Comissão Central de Concorrência, da Procuradoria Geral do Estado.

O orçamento previsto neste documento para as obras de realização da ampliação da capacidade de produção da usina do Porto estão estimadas em R$ 18 milhões e tem recursos disponibilizados através de convênios entre o Estado e a Secretaria Especial dos Portos (SEP).

Segundo a direção do Porto, o investimento atende os novos equipamentos em fase de implantação no Complexo Industrial e Portuário do Pecém, como a correia transportadora de carvão, descarregador contínuo de navios, Terminal de Múltiplas Utilidades e ampliação da rede de tomadas.

Fonte: Diário do Nordeste

terça-feira, 12 de abril de 2011

China pode virar vitrine de rochas ornamentais do CE

A China já é a maior importadora de blocos de granito (pedra bruta) do Ceará e do País. Na opinião de especialistas, mais interessante seria que se ela também fosse a primeira grande compradora de chapas (pedra já beneficiada, com maior valor agregado para quem exporta). Essa posição continua sendo dos Estados Unidos.

Contudo, o fato de o gigante asiático estar comprando mais rochas ornamentais cearenses para serem acabadas lá mesmo em solo chinês também é muito bom para a nossa economia, pelo menos em primeira análise. Isso porque o crescimento do setor segue uma lógica simples: para chegarmos à esperada exportação do produto beneficiado é preciso existir uma produção extra de blocos. Para isso, a rocha local precisa ser mais vendida e conhecida no exterior. E, nesse aspecto, a China, com toda a sua capilaridade no comércio mundial, pode nos ajudar sobremaneira como nenhum outro país o faria. Nem mesmo o próprio Brasil, que ainda conta com uma estrutura desigual e bastante concentrada do acabamento das pedras no Estado do Espírito Santo, o que, de certa forma, inibe o desenvolvimento de outras unidades federativas, inclusive, o do Ceará.

De acordo com o presidente da Câmara Setorial Mineral do Estado e também do Sindicato da Indústria de Mármore e Granito do Estado (Simagran-CE), Roberto Amaral Ribeiro, esse é um dos pontos importantes do setor de mineração que precisam ser observados pela comitiva da presidente Dilma Rousseff, que desde a noite de domingo (fuso horário de Brasília) está na China para discutir o equilíbrio das relações comerciais entre os dois países.

Capacidade produtiva

"Neste primeiro momento, é importante esse interesse chinês no blocos para ampliar nossa capacidade produtiva. Na verdade, a China é um meio de alcançarmos a segunda fase: fomentar a produção mineral.

Com um parque industrial com mais pedreiras haverá um excedente que poderá ser beneficiado para exportação com mais valor agregado", afirma Roberto Ribeiro, lembrando que o foco principal é criar indústria aqui no Estado.

Vocação do Estado

De acordo com o Simagran-CE, a vocação das rochas ornamentais do Estado se assemelha à vocação para o turismo local. "Em virtude da nossa característica geológica ser superior a dos Sudeste, por exemplo, as nossas rochas são mais resistentes e compactas. Não precisam ser resinadas. Não têm micro-fissuras", acrescenta Roberto, lembrando que a China pode ser uma divulgadora do nosso produto, como o granito branco, por exemplo, que, em todo o País, só é encontrado por aqui.

Variedade e infraestrutura

Segundo o consultor da Associação Brasileira da Indústria de Rochas Ornamentais (Abirochas), Cid Chiodi, o Ceará precisa se estruturar para aproveitar toda essa riqueza natural.

"Nos últimos cinco anos, o Estado apresentou uma variedade muito maior que a Europa inteira em cinco séculos. Para não ser um mero exportador de matéria-prima e comprador de produtos acabados, o Ceará precisa criar condições regionalmente distintas e especiais para competir com a própria China, no mercado externo, e com o Espírito Santo, internamente", conta Chiodi. Na opinião dele, isso já está sendo feito com a implantação do Centro de Comercialização e Prestação de Serviços de Rochas Ornamentais, em Caucaia, próximo ao Complexo Portuário do Pecém (Cipp).

"Sem dúvida, isso é o movimento para verticalização do setor. Como uma boa condição tributária, desonerar os licenciamentos ambientais, criar mecanismos associativos e uma boa estrutura comercial", avalia, ressaltatando que essa é a única maneira de o Estado ir na contramão do Brasil, que registrou, nos últimos três anos, uma fatia muito maior de importação e de venda de matérias-primas do que de exportação de itens processados. "Rocha ornamental não é commodity. Temos de ser capazes em transformar o bloco bruto em chapa polida e em até produto final para o consumidor", diz.

Fonte: Diário do Nordeste

quinta-feira, 17 de março de 2011

Catástrofe deve afetar exportações brasileiras

A série de catástrofes no Japão devem afetar as exportações brasileiras de produtos utilizados em indústrias no país asiático que tiveram que paralisar sua produção devido à falta de energia. A avaliação é do gerente-executivo de Política Econômica da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Flávio Castelo Branco.

"O Brasil pode ter suas vendas para o Japão afetadas, mas a região japonesa onde se concentram as principais indústrias não foi afetada pelo tsunami", alertou o economista. Do lado oposto da corrente de comércio, acrescentou, a CNI ainda não tem informações sobre empresas brasileiras que estejam com dificuldade em receber peças e equipamentos de fornecedores japoneses.

Castelo Branco também disse acreditar que não deve haver eventuais chamadas de capital por parte de empresas japonesas em dificuldades às filiais brasileiras. "Não vejo grande possibilidade disso, porque o Japão tem muita liquidez e quem vai precisar de recursos é o governo, uma vez que os danos maiores ocorreram na parte de infraestrutura e de moradias", completou.

Minério de ferro

A tragédia deve afetar também as exportações de minério de ferro, que representa metade do que é vendido pelo Brasil ao país. A curto prazo, pode ocorrer um adiamento e até a suspensão dos embarques, já que a logística está prejudicada, avalia o vice-presidente da AEB (Associação de Comércio Exterior do Brasil), José Augusto de Castro. O desastre deve afetar os preços no mercado global. Pelo menos três siderúrgicas foram afetadas, o que pode provocar uma oferta adicional do minério no mercado "spot" (à vista).

"É possível que o minério que havia sido contratado por essas empresas seja direcionado ao mercado ´spot´, pressionando os preços ", diz o analista Carlos Kochenborger.

COM PRODUÇÃO MENOR
Preços de chips disparam no mundo

Nova York/Tóquio. Na semana passada, chips de 8 gigabytes, usados em câmeras e smartphones, custavam US$ 7,30 no mercado "spot" (à vista), no qual produtores costumam compram componentes. Anteontem, eles já custavam cerca de US$ 10. Esse pulo ilustra como o desastre no Japão, que fechou fábricas de Toshiba, Canon, Sony e outras, teve impacto imediato sobre o fornecimento dessas peças.

Segundo analistas, pequenas empresas asiáticas podem sofrer mais. Mas até mesmo gigantes como a Apple, que já teve dificuldade em encontrar componentes para o iPad e o iPhone e que já viu seu iPad 2 esgotar, podem ser afetadas. Além disso, quase todas as montadoras, podem ter de paralisar a produção de alguns modelos.

Eletrônicos prejudicados

Os fabricantes japoneses de produtos eletrônicos alertaram que sua produção será prejudicada por novos problemas de suprimento e distribuição de componentes, em meio às quedas de energia que vêm acontecendo depois do desastre no Japão.

A Canon anunciou que poderá suspender a produção em uma de suas principais fábricas em Oita, no sul do país, alegando problemas no fornecimento de componentes e para a distribuição. A Nikon informou que a suspensão da produção em suas fábricas de equipamento de precisão no norte inevitavelmente causará problemas nas fábricas mais próximas da capital, cujos estoques de componentes vão acabar.

Fonte: Diário do Nordeste

quarta-feira, 16 de março de 2011

Modernização do Porto do Pecém é debatida com a sociedade

O Governo do Estado vai investir o montante de R$ 1 bilhão em equipamentos para modernização e ampliação do Complexo Industrial e Portuário do Pecém, até 2016. O anúncio foi feito ontem pelo secretário estadual de Infraestrutura, Adail Fontenele, durante audiência pública com representantes de empresas, da sociedade civil e de órgãos estaduais. De acordo com o titular da Seinfra, a soma inclui a atual expansão R$ 410 milhões com os R$ 588 milhões de novo edital.
A ampliação do Terminal Portuário do Pecém, com ponte de acesso e pavimentação do tramo norte-sul do quebra-mar, terá um custo de mais de R$ 588 milhões. Fotenele espera que todos os trâmites para o início do projeto de expansão estejam resolvidos até meados de setembro deste ano. O objetivo é proporcionar, em duas etapas, todo o apoio portuário às ações dos dois principais projetos estruturantes do Estado nos próximos anos; a operacionalização da usina siderúrgica e da refinaria Premium II no Pecém; além de uma área de escoamento dos produtos que virão nos trilhos da ferrovia Transnordestina. A expansão será realizada pelo consórcio RAM/Planave, ganhador da licitação. A fase agora é de apreciação do edital pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

CUSTOS

O secretário explicou que o projeto foi dividido em etapas. A primeira diz respeito à construção de um novo Terminal de Múltiplo Uso (TMUT), com dois berços, que atenderão aos navios porta-contâiner; à ampliação do quebra-mar, para mil metros; e ao prolongamento da ponte existente, de 348 metros. A previsão destas obras, executadas pelo consórcio Marquise/Ivaí é de julho deste ano. O custo da obra é de aproximadamente R$ 410 milhões.
As outras fases da expansão foram apresentadas durante a audiência pública. A segunda etapa prevê a construção de uma nova ponte de acesso, com extensão total de 1.500 metros de comprimento e 32 metros de largura. As medidas permitirão que a ponte possua uma pista de rodagem de dez metros de largura, além de permitir a passagem de uma tubovia, e correias transportadoras de minério e grãos. O valor estimado é de R$ 197 milhões.
Finalizando a segunda fase da expansão estão a engorda e pavimentação do quebra-mar existente, no valor de R$ 85,8 milhões e a construção de mais dois berços de atracação, no sentido Noroeste, para operação de carga geral, contêineres e produtos siderúrgicos, no valor estimado de R$ 289,2 milhões. Além das obras, estão previstos estudos para os projetos no porto.
A expectativa é que, até 2016, a terceira etapa, o Complexo Industrial e Portuário do Pecém esteja composto por um berço no TMUT, um novo quebra- mar, dois berços de granéis sólidos; e cinco berços de granéis líquidos. A conclusão das intervenções ocorre um ano antes da entrada em operação da refinaria Premium II, da Petrobras.


Fonte: O Estado

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Exportação - Ceará registra aumento de 8% no mês de janeiro

O ano de 2011 começou de forma positiva para a indústria cearense, que registrou expansão de 8% nas exportações do mês de janeiro, em comparação com igual período do ano anterior. Ao todo, foram exportados US$ 108,8 milhões, segundo melhor resultado para janeiro dos últimos dez anos. A taxa de crescimento das exportações locais no primeiro mês do ano, contudo, está bem abaixo da anotada no Brasil: 34,6%. As informações são do estudo Ceará em Comex, divulgado ontem (16) pelo Centro Internacional de Negócios (CIN) da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec).

Na avaliação do superintendente do CIN, Eduardo Bezerra, o resultado alcançado pelo Ceará é considerado bom, uma vez que as exportações ultrapassaram a marca de US$ 100 milhões, considerada a média de valor para o mês. “Nós estamos bem, pois superamos o índice médio das exportações do Ceará. No entanto, não dá para comparar as exportações de janeiro com as de dezembro passado, quando chegamos a US$132,7 milhões, pois, no início do ano, é normal que as exportações caiam, pois as empresas saem do ritmo acelerado do final do ano e param um pouco”, afirma.

QUATRO SETORES RESPONDEM POR 75% DO TOTAL

No primeiro mês do ano, os quatro principais setores exportadores do Ceará foram responsáveis por 75% de tudo o que o Estado exportou. São eles: calçados (US$ 36,308 milhões), com 33,4%; castanha de caju - amêndoa e LCC (US$ 20,400 milhões), com 18,7%; couros (US$ 13,605 milhões), com 12,5%; e fruticultura (US$ 11,209 milhões), com 10,3%. Segundo o estudo, o setor de calçados continua sendo o principal exportador, mas sofreu queda de 18,7% quando comparadas às exportações de janeiro de 2011 e 2010. Vale destacar que todos os principais setores apresentam saldo comercial positivo.

No total, o Ceará exportou 170 itens, segundo melhor resultado em dez anos, sendo superado somente pelo anotado em janeiro de 2002, quando foram vendidos 243 itens. Dentre os principais produtos exportados pelo Ceará, destaca-se o crescimento de 113,5% do segmento “outros couros/peles bovinos”, comparando-se janeiro de 2011 a janeiro de 2010; e a exportação de produtos de ferro/aço, que somente nesse primeiro mês exportou mais da metade do valor que foi exportado em todo o ano de 2010. “Por incrível que pareça, a China está deixando de comprar ferro em outras regiões do Brasil, como Carajás, para comprar o ferro no Ceará, que tem um preço mais convidativo”, explica Eduardo Bezerra.

No que diz respeito aos destinos das vendas externas do Estado, o Peru é destaque dentre os países compradores das exportações cearenses, com crescimento de 1.679,3% nas compras de janeiro de 2011, em relação ao mesmo mês do ano anterior. O país importou, principalmente, produtos de ferro/aço. O valor importado pelo Peru corresponde ao total exportado pelo Ceará.

SALDO NEGATIVO

Apesar do crescimento das exportações cearenses, a balança comercial do Estado registra déficit de US$ 10,9 milhões, resultado da importação de US$ 119,785. “O saldo negativo da balança comercial não nos preocupa, pois o Ceará não importa produtos supérfluos, mas sim itens que se destinam ao seu processo produtivo, que são essenciais para a nossa vitalidade econômica. Além disso, o resultado do Ceará não influencia em nada o do Brasil”, destaca o superintendente do CIN.

Dentre os produtos importados pelo Ceará, destaca-se o algodão simplesmente debulhado, não cardado nem penteado, oriundo de Argentina e Uruguai, com crescimento de 997,0%. “Nosso polo têxtil precisa de algodão, que é matéria-prima. Toda indústria têxtil precisa ter um estoque de algodão para não ficar dependendo de oscilações em outros países”, explica Eduardo Bezerra.

Outro destaque nas importações são os laminados de ferro/aço com revestimento de óxido de cromo e/ou cromo, oriundos de Coreia do Sul, Taiwan e Colômbia, com crescimento de 462,3%. Esses itens também são usados no consumo direto ou no parque produtivo do Estado.

Com relação ao país-origem, a Argentina se destaca, sendo responsável pela maior parte das importações cearenses em janeiro de 2011, superando os EUA e China. Parte disso se deve à importação de trigo, principal produto importado no mês, e ao algodão simplesmente debulhado, não cardado nem penteado, que é o terceiro principal produto importado no mês.

NORDESTE

Conforme o estudo, a região Nordeste foi a única que não obteve crescimento das exportações, sofrendo variação negativa de 5,3% em janeiro de 2011 comparado a janeiro de 2010. Esse resultado pode ser atribuído ao fato de que estados brasileiros não apresentaram crescimento nas exportações de janeiro de 2011, sendo que quatro são nordestinos: Bahia, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Piauí.

Fonte: O Estado do Ceará

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Ceará vai produzir mais banana que melão

Dentro de três anos, a produção e a exportação de banana serão, no Ceará, maiores do que as de melão. Esta é a previsão dos diretores da Agrícola Famosa, maior produtora e exportadora cearense dessa fruta.

Eles apostam no final feliz das negociações que o Mercosul e a União Europeia travam para estabelecer um tratado de livre comércio que deverá incluir a banana, como deseja a fruticultura brasileira. "Estamos muito confiantes na conclusão positiva desse acordo, e tanto isso é verdade que já produzimos banana em 130 hectares, que serão dois mil hectares em dois anos, desde que o tratado de livre comércio seja celebrado", disse ontem, ao Diário do Nordeste, Carlos Porro, diretor comercial da Agrícola Famosa.

Ele não escondeu seu otimismo: "O setor cearense da fruticultura, que segue investindo para ampliar a área plantada e para produzir mais e melhor, dará um grande salto com a produção de banana", disse.

As condições de cultivo da banana no Ceará são excelentes - o clima é quente, a umidade é boa e isso reduz ao mínimo a ação da sigatoka, praga que castiga os bananais na Costa Rica e no Equador, grandes produtores mundiais.

O acordo de livre comércio do Mercosul com a União Europeia arrasta-se há mais de um ano. A próxima reunião será em março, mas a celebração do tratado está prevista - se tudo caminhar bem - para julho.

Aspargos

Carlos Porro também falou sobre o que a Agrícola Famosa vem fazendo em outras culturas. A plantação de aspargos, que desenvolve em sua fazenda no município de Icapuí, já ocupa uma área de 25 hectares. "Nos próximos quatro anos, ampliaremos para até dois mil hectares a área plantada de aspargos", estima.

O preço do aspargo, no mercado europeu, era ontem de até 5 euros por quilo; no mercado brasileiro, o preço está em torno de R$ 9. Segundo Carlo Porro, a Agrícola Famosa pretende exportar à Europa, neste ano, 6.500 caixas de melão - cada caixa tem 10 quilos -, bem mais do que as 5.500 caixas exportadas na safra do ano passado.

Ele destacou o mercado interno, "que cresce em progressão geométrica e que está pagando um preço melhor do que na Inglaterra". Pela primeira vez - revelou - o mercado brasileiro de melão superou a barreira dos R$ 30 por caixa de 10 quilos. "Sempre se disse que o mercado recusaria esse preço, mas agora ficou provado que isso não é verdadeiro".

Fonte: Diário do Nordeste

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Frutas do Ceará na feira mundial

Berlim (Alemanha) - Será aberta amanhã, no Messe Berlin, centro de feiras desta capital, mais uma edição da Fruit Logistica - maior feira mundial de frutas, hortaliças e flores e de tudo o que lhe diz respeito, desde a embalagem até transporte intermodal.

Como vem acontecendo nos últimos cinco anos, o Ceará participará dele: as empresas Agrícola Famosa e Itaueira, maiores produtores e exportadores de melões e melancias sem caroço, exporão seus produtos; a Brok Transporte e Logística mostrará o que faz e para que clientes trabalha sua frota de caminhões e seu time de especialistas; a Adece divulgará as potencialidades do Estado e o Sebrae informará como apoia os micro e pequenos fruticultores cearenses.

E o Diário do Nordeste, além de cobrir este evento - que reúne 2.300 expositores de quase 100 países dos cinco continentes - distribuirá a revista "Frutos do Ceará", editada em português, inglês e alemão especialmente para as 50 mil pessoas - produtores, importadores, exportadores, transportadores e industriais - que, nos três da feira, não farão outra coisa, a não ser negócios.

Os que participam, anualmente, da Fruit Logistica - cuja realização se dá nos meses de fevereiro em Berlin - são sempre surpreendidos por uma ou mais novidade: desta vez, o novo é um pequeno tomate produzido na Holanda, chamado de Angelle. O que ele tem de diferente? Um aroma agradável, como se fosse de flor.

Fonte: Diário do Nordeste (Egídio Serpa)

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

"Brasil tem que inovar para ampliar exportações", diz secretário do MDIC

O investimento em inovação é "a única solução para continuarmos aumentando as exportações", disse na terça-feira (01) o secretário executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Alessandro Teixeira. Para Teixeira, o país tem vocação para a produção de commodities, como minério de ferro e alimentos, os dois produtos mais exportados pelo Brasil em janeiro. Ele não vê isso como um problema.

Segundo ele, a política de desenvolvimento produtivo do governo envolve vários órgãos públicos, como o Ministério de Ciência e Tecnologia e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), e também entidades do setor privado, como a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

De acordo com Teixeira, o país tem vocação para a produção de commodities, como minério de ferro e alimentos, os dois produtos mais exportados pelo Brasil em janeiro. Ele não vê isso como um problema. "As commodities são intrínsecas à produção brasileira e isso não vai mudar, mas estamos conseguindo agregar valor.”

Para o secretário, os dados da balança comercial de janeiro, divulgados na manhã de terça (01), com exportações de US$ 15, 215 bilhões e saldo de US$ 424 milhões, são animadores. "Tipicamente acumulamos déficit em janeiro. Além disso, foi o melhor desempenho em volume exportado de toda a série histórica", afirmou, lembrando da meta do MDIC de exportar, em 2011, US$ 228 bilhões em produtos.

Fonte: Agência ANBA

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Porto do Pecém é o terceiro do Brasil em importação

O Porto do Pecém é o terceiro que mais importa produto siderúrgico no Brasil. Foram 839.443 toneladas (t) desembarcadas em 2010. Isso representa cerca de 16% do total recebido por todos os portos brasileiros, conforme informações da Secretaria de Comércio Exterior, ligado ao ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic).

À frente do Pecém - e na liderança -, está o Porto de São Francisco do Sul, em Santa Catarina, com 1.175.474 t (cerca de 23% no País), além do Porto de Santos, em São Paulo, com 952.396 t, cerca de 18% do total nacional.

“Existem, aqui no Ceará, indústrias transformadoras de dois tipos. As que transformam as bobinas de chapas laminadas em móveis e em tubos, por exemplo”, comenta o diretor de Desenvolvimento Comercial da Cearaporto, Mário Lima Júnior.

As peças alimentam os setores de serraria e o sistema imobiliário do Ceará, Rio Grande do Norte e Piauí, comenta.

A menor parte dos produtos siderúrgicos importados, cerca de 25%, é de fio-máquina. “São perfilados de aços redondos, que, quando chegam em Fortaleza e Teresina (PI), são transformados para produção fios com diâmetros menores. Ficam corrugados e servem para a construção civil, para compor lajotas de forro e erguer pilares”, explica Lima Júnior.

Os produtos siderúrgicos servem ainda para atender demandas da indústria de eletrodoméstico, metalgráfica (embalagens de aço) e fábricas de cerveja. “A demanda está crescendo muito”, afirma Lima.

Uma das principais empresas que movimentam no Porto do Pecém é a Aço Cearense. “A empresa beneficia os produtos importados na indústria em Caucaia”, comentou a empresa, por meio da sua assessoria de imprensa. A Companhia compra bobina de aço de 23 países.

Alinhado ao mercado
Apesar de a projeção para o mercado siderúrgico nacional ter caído para patamares mais baixos em 2011, os resultados ainda são positivos. O desempenho da siderurgia nacional está diretamente ligado às perspectivas para os principais setores - construção civil, bens de capital e indústria automotiva.

As projeções são de crescimento de 12,6% para a Construção Civil (ICC), de 20% para a produção industrial de Bens de Capital e de 7,3% na fabricação de automóveis, diante de 2009. Para este ano, as perspectivas são de 5%, 6% e 8%, respectivamente.

Conforme Bob Schaming, gerente de Projetos da Spraying Systems, especializada em soluções para a indústria siderúrgica, os padrões de qualidade exigidos pelo mercado estão mais rígidos e a preocupação com a redução de custos e a utilização de recursos naturais é bem maior que no passado.

Por quê

ENTENDA A NOTÍCIA

Porto do Pecém se destaca na importação de produtos siderúrgicos. Localização geográfica e forte impulso da construção civil no Estado são os principais motivos para os resultados. Estado atende todo Nordeste.

NÚMEROS

839
MIL TONELADAS
é a quantidade aproximada de produtos siderúrgicos importados pelo Pecém/2010

16
POR CENTO
é a participação do Pecém na importação de produtos siderúrgicos no País

Fonte: O Povo