quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Exportação - Ceará registra aumento de 8% no mês de janeiro

O ano de 2011 começou de forma positiva para a indústria cearense, que registrou expansão de 8% nas exportações do mês de janeiro, em comparação com igual período do ano anterior. Ao todo, foram exportados US$ 108,8 milhões, segundo melhor resultado para janeiro dos últimos dez anos. A taxa de crescimento das exportações locais no primeiro mês do ano, contudo, está bem abaixo da anotada no Brasil: 34,6%. As informações são do estudo Ceará em Comex, divulgado ontem (16) pelo Centro Internacional de Negócios (CIN) da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec).

Na avaliação do superintendente do CIN, Eduardo Bezerra, o resultado alcançado pelo Ceará é considerado bom, uma vez que as exportações ultrapassaram a marca de US$ 100 milhões, considerada a média de valor para o mês. “Nós estamos bem, pois superamos o índice médio das exportações do Ceará. No entanto, não dá para comparar as exportações de janeiro com as de dezembro passado, quando chegamos a US$132,7 milhões, pois, no início do ano, é normal que as exportações caiam, pois as empresas saem do ritmo acelerado do final do ano e param um pouco”, afirma.

QUATRO SETORES RESPONDEM POR 75% DO TOTAL

No primeiro mês do ano, os quatro principais setores exportadores do Ceará foram responsáveis por 75% de tudo o que o Estado exportou. São eles: calçados (US$ 36,308 milhões), com 33,4%; castanha de caju - amêndoa e LCC (US$ 20,400 milhões), com 18,7%; couros (US$ 13,605 milhões), com 12,5%; e fruticultura (US$ 11,209 milhões), com 10,3%. Segundo o estudo, o setor de calçados continua sendo o principal exportador, mas sofreu queda de 18,7% quando comparadas às exportações de janeiro de 2011 e 2010. Vale destacar que todos os principais setores apresentam saldo comercial positivo.

No total, o Ceará exportou 170 itens, segundo melhor resultado em dez anos, sendo superado somente pelo anotado em janeiro de 2002, quando foram vendidos 243 itens. Dentre os principais produtos exportados pelo Ceará, destaca-se o crescimento de 113,5% do segmento “outros couros/peles bovinos”, comparando-se janeiro de 2011 a janeiro de 2010; e a exportação de produtos de ferro/aço, que somente nesse primeiro mês exportou mais da metade do valor que foi exportado em todo o ano de 2010. “Por incrível que pareça, a China está deixando de comprar ferro em outras regiões do Brasil, como Carajás, para comprar o ferro no Ceará, que tem um preço mais convidativo”, explica Eduardo Bezerra.

No que diz respeito aos destinos das vendas externas do Estado, o Peru é destaque dentre os países compradores das exportações cearenses, com crescimento de 1.679,3% nas compras de janeiro de 2011, em relação ao mesmo mês do ano anterior. O país importou, principalmente, produtos de ferro/aço. O valor importado pelo Peru corresponde ao total exportado pelo Ceará.

SALDO NEGATIVO

Apesar do crescimento das exportações cearenses, a balança comercial do Estado registra déficit de US$ 10,9 milhões, resultado da importação de US$ 119,785. “O saldo negativo da balança comercial não nos preocupa, pois o Ceará não importa produtos supérfluos, mas sim itens que se destinam ao seu processo produtivo, que são essenciais para a nossa vitalidade econômica. Além disso, o resultado do Ceará não influencia em nada o do Brasil”, destaca o superintendente do CIN.

Dentre os produtos importados pelo Ceará, destaca-se o algodão simplesmente debulhado, não cardado nem penteado, oriundo de Argentina e Uruguai, com crescimento de 997,0%. “Nosso polo têxtil precisa de algodão, que é matéria-prima. Toda indústria têxtil precisa ter um estoque de algodão para não ficar dependendo de oscilações em outros países”, explica Eduardo Bezerra.

Outro destaque nas importações são os laminados de ferro/aço com revestimento de óxido de cromo e/ou cromo, oriundos de Coreia do Sul, Taiwan e Colômbia, com crescimento de 462,3%. Esses itens também são usados no consumo direto ou no parque produtivo do Estado.

Com relação ao país-origem, a Argentina se destaca, sendo responsável pela maior parte das importações cearenses em janeiro de 2011, superando os EUA e China. Parte disso se deve à importação de trigo, principal produto importado no mês, e ao algodão simplesmente debulhado, não cardado nem penteado, que é o terceiro principal produto importado no mês.

NORDESTE

Conforme o estudo, a região Nordeste foi a única que não obteve crescimento das exportações, sofrendo variação negativa de 5,3% em janeiro de 2011 comparado a janeiro de 2010. Esse resultado pode ser atribuído ao fato de que estados brasileiros não apresentaram crescimento nas exportações de janeiro de 2011, sendo que quatro são nordestinos: Bahia, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Piauí.

Fonte: O Estado do Ceará

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Ceará vai produzir mais banana que melão

Dentro de três anos, a produção e a exportação de banana serão, no Ceará, maiores do que as de melão. Esta é a previsão dos diretores da Agrícola Famosa, maior produtora e exportadora cearense dessa fruta.

Eles apostam no final feliz das negociações que o Mercosul e a União Europeia travam para estabelecer um tratado de livre comércio que deverá incluir a banana, como deseja a fruticultura brasileira. "Estamos muito confiantes na conclusão positiva desse acordo, e tanto isso é verdade que já produzimos banana em 130 hectares, que serão dois mil hectares em dois anos, desde que o tratado de livre comércio seja celebrado", disse ontem, ao Diário do Nordeste, Carlos Porro, diretor comercial da Agrícola Famosa.

Ele não escondeu seu otimismo: "O setor cearense da fruticultura, que segue investindo para ampliar a área plantada e para produzir mais e melhor, dará um grande salto com a produção de banana", disse.

As condições de cultivo da banana no Ceará são excelentes - o clima é quente, a umidade é boa e isso reduz ao mínimo a ação da sigatoka, praga que castiga os bananais na Costa Rica e no Equador, grandes produtores mundiais.

O acordo de livre comércio do Mercosul com a União Europeia arrasta-se há mais de um ano. A próxima reunião será em março, mas a celebração do tratado está prevista - se tudo caminhar bem - para julho.

Aspargos

Carlos Porro também falou sobre o que a Agrícola Famosa vem fazendo em outras culturas. A plantação de aspargos, que desenvolve em sua fazenda no município de Icapuí, já ocupa uma área de 25 hectares. "Nos próximos quatro anos, ampliaremos para até dois mil hectares a área plantada de aspargos", estima.

O preço do aspargo, no mercado europeu, era ontem de até 5 euros por quilo; no mercado brasileiro, o preço está em torno de R$ 9. Segundo Carlo Porro, a Agrícola Famosa pretende exportar à Europa, neste ano, 6.500 caixas de melão - cada caixa tem 10 quilos -, bem mais do que as 5.500 caixas exportadas na safra do ano passado.

Ele destacou o mercado interno, "que cresce em progressão geométrica e que está pagando um preço melhor do que na Inglaterra". Pela primeira vez - revelou - o mercado brasileiro de melão superou a barreira dos R$ 30 por caixa de 10 quilos. "Sempre se disse que o mercado recusaria esse preço, mas agora ficou provado que isso não é verdadeiro".

Fonte: Diário do Nordeste

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Frutas do Ceará na feira mundial

Berlim (Alemanha) - Será aberta amanhã, no Messe Berlin, centro de feiras desta capital, mais uma edição da Fruit Logistica - maior feira mundial de frutas, hortaliças e flores e de tudo o que lhe diz respeito, desde a embalagem até transporte intermodal.

Como vem acontecendo nos últimos cinco anos, o Ceará participará dele: as empresas Agrícola Famosa e Itaueira, maiores produtores e exportadores de melões e melancias sem caroço, exporão seus produtos; a Brok Transporte e Logística mostrará o que faz e para que clientes trabalha sua frota de caminhões e seu time de especialistas; a Adece divulgará as potencialidades do Estado e o Sebrae informará como apoia os micro e pequenos fruticultores cearenses.

E o Diário do Nordeste, além de cobrir este evento - que reúne 2.300 expositores de quase 100 países dos cinco continentes - distribuirá a revista "Frutos do Ceará", editada em português, inglês e alemão especialmente para as 50 mil pessoas - produtores, importadores, exportadores, transportadores e industriais - que, nos três da feira, não farão outra coisa, a não ser negócios.

Os que participam, anualmente, da Fruit Logistica - cuja realização se dá nos meses de fevereiro em Berlin - são sempre surpreendidos por uma ou mais novidade: desta vez, o novo é um pequeno tomate produzido na Holanda, chamado de Angelle. O que ele tem de diferente? Um aroma agradável, como se fosse de flor.

Fonte: Diário do Nordeste (Egídio Serpa)

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

"Brasil tem que inovar para ampliar exportações", diz secretário do MDIC

O investimento em inovação é "a única solução para continuarmos aumentando as exportações", disse na terça-feira (01) o secretário executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Alessandro Teixeira. Para Teixeira, o país tem vocação para a produção de commodities, como minério de ferro e alimentos, os dois produtos mais exportados pelo Brasil em janeiro. Ele não vê isso como um problema.

Segundo ele, a política de desenvolvimento produtivo do governo envolve vários órgãos públicos, como o Ministério de Ciência e Tecnologia e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), e também entidades do setor privado, como a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

De acordo com Teixeira, o país tem vocação para a produção de commodities, como minério de ferro e alimentos, os dois produtos mais exportados pelo Brasil em janeiro. Ele não vê isso como um problema. "As commodities são intrínsecas à produção brasileira e isso não vai mudar, mas estamos conseguindo agregar valor.”

Para o secretário, os dados da balança comercial de janeiro, divulgados na manhã de terça (01), com exportações de US$ 15, 215 bilhões e saldo de US$ 424 milhões, são animadores. "Tipicamente acumulamos déficit em janeiro. Além disso, foi o melhor desempenho em volume exportado de toda a série histórica", afirmou, lembrando da meta do MDIC de exportar, em 2011, US$ 228 bilhões em produtos.

Fonte: Agência ANBA

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Porto do Pecém é o terceiro do Brasil em importação

O Porto do Pecém é o terceiro que mais importa produto siderúrgico no Brasil. Foram 839.443 toneladas (t) desembarcadas em 2010. Isso representa cerca de 16% do total recebido por todos os portos brasileiros, conforme informações da Secretaria de Comércio Exterior, ligado ao ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic).

À frente do Pecém - e na liderança -, está o Porto de São Francisco do Sul, em Santa Catarina, com 1.175.474 t (cerca de 23% no País), além do Porto de Santos, em São Paulo, com 952.396 t, cerca de 18% do total nacional.

“Existem, aqui no Ceará, indústrias transformadoras de dois tipos. As que transformam as bobinas de chapas laminadas em móveis e em tubos, por exemplo”, comenta o diretor de Desenvolvimento Comercial da Cearaporto, Mário Lima Júnior.

As peças alimentam os setores de serraria e o sistema imobiliário do Ceará, Rio Grande do Norte e Piauí, comenta.

A menor parte dos produtos siderúrgicos importados, cerca de 25%, é de fio-máquina. “São perfilados de aços redondos, que, quando chegam em Fortaleza e Teresina (PI), são transformados para produção fios com diâmetros menores. Ficam corrugados e servem para a construção civil, para compor lajotas de forro e erguer pilares”, explica Lima Júnior.

Os produtos siderúrgicos servem ainda para atender demandas da indústria de eletrodoméstico, metalgráfica (embalagens de aço) e fábricas de cerveja. “A demanda está crescendo muito”, afirma Lima.

Uma das principais empresas que movimentam no Porto do Pecém é a Aço Cearense. “A empresa beneficia os produtos importados na indústria em Caucaia”, comentou a empresa, por meio da sua assessoria de imprensa. A Companhia compra bobina de aço de 23 países.

Alinhado ao mercado
Apesar de a projeção para o mercado siderúrgico nacional ter caído para patamares mais baixos em 2011, os resultados ainda são positivos. O desempenho da siderurgia nacional está diretamente ligado às perspectivas para os principais setores - construção civil, bens de capital e indústria automotiva.

As projeções são de crescimento de 12,6% para a Construção Civil (ICC), de 20% para a produção industrial de Bens de Capital e de 7,3% na fabricação de automóveis, diante de 2009. Para este ano, as perspectivas são de 5%, 6% e 8%, respectivamente.

Conforme Bob Schaming, gerente de Projetos da Spraying Systems, especializada em soluções para a indústria siderúrgica, os padrões de qualidade exigidos pelo mercado estão mais rígidos e a preocupação com a redução de custos e a utilização de recursos naturais é bem maior que no passado.

Por quê

ENTENDA A NOTÍCIA

Porto do Pecém se destaca na importação de produtos siderúrgicos. Localização geográfica e forte impulso da construção civil no Estado são os principais motivos para os resultados. Estado atende todo Nordeste.

NÚMEROS

839
MIL TONELADAS
é a quantidade aproximada de produtos siderúrgicos importados pelo Pecém/2010

16
POR CENTO
é a participação do Pecém na importação de produtos siderúrgicos no País

Fonte: O Povo